Luís Montenegro terá a oportunidade de fazer ACREDITAR PORTUGAL?
Caros companheiros:
Após as eleições legislativas do passado domingo, 10 de Março 2024, partilho consigo algumas notas pessoais de reflexão dos resultados obtidos, cujo resultado final ainda permanece em aberto, pesem embora as auscultações que o S.Exª. Presidente da República, entretanto iniciou:
1. O PS perdeu a maioria absoluta que os portugueses lhe tinham conferido em 2022 em resultado da sua lamentável governação, resultando das demissões (16) no Governo e do próprio PM António Costa, mas também da sua incapacidade de resolver os principais problemas dos portugueses – Saúde, Habitação, etc. No final da noite eleitoral, Pedro Nuno Santos assumiu uma governação da AD – Aliança Democrática e remeteu-se à liderança da oposição …
2. A coligação AD – Aliança Democrática apresentou-se como uma alternativa credível de governo, liderado por Luís Montenegro, focando as suas propostas em políticas sérias para “Acreditar em Portugal” com mais saúde, mais habitação, mais segurança, melhores condições e controlo das migrações, mais oportunidades para os jovens, melhores salários, com diminuição da carga fiscal, ataque à corrupção, fortalecimento e celeridade da justiça, melhorar a educação e ensino superior.
3. O partido Chega cresce e reforça o seu papel na democracia portuguesa ao ultrapassar um milhão de eleitores e cerca de 50 deputados. O seu crescimento é favorecido pelas mensagens claras dirigidas aos portugueses e pela amplificação mediática; os discursos e as práticas “politicamente correctos” possibilitam o desenvolvimento e crescimentos destes movimentos populistas, em Portugal como em toda a Europa. O PSD falou de alguns temas que reforçam o partido Chega mas depois suavizou as mensagens – insegurança/migrações (assaltos, habitações precárias, subsídios, etc); a agricultura (roubos nas colheitas, mão de obra ilegal, condições salariais, etc); identidade género nas escolas (qual a prioridade dos WC’s nas instalações escolares), etc.
4. A IL estará disponível para viabilizar a governação da AD; os restantes partidos estarão sempre contra…
Para o futuro próximo:
A AD – Aliança Democrática, confirmando-se ser o partido mais votado:
I – Apresenta-se, ao país e ao Presidente da República, disponível para governar Portugal com base no seu Programa Eleitoral, com um Governo AD + Independentes, escolhido e encabeçado por Luís Montenegro. Este deverá ser reforçado na sua componente política e na sua capacidade operacional para resolver rapidamente os principais problemas identificados – acesso à Saúde; negociação com PSP/GNR/Guardas Prisionais e reforço da Segurança; melhoria da Educação e das condições dos seus profissionais; revogação dos símbolos “electrónicos” da República;
implementação do PRR; medidas para a habitação; regulação das migrações; Justiça; agricultura; etc.
II – Governará com base no orçamento aprovado pelo PS para 2024 – necessário para não se perder a execução no exercício do ano de 2024, pese embora o voto contra do PSD na AR – e em orçamento(s) rectificativo(s), sempre que necessário, ajustados às medidas concretas para resolução dos problemas dos portugueses. Irá requerer inteligência, verdade, agilidade política e persistência. Para melhorar a vida das pessoas, criar riqueza, desenvolver o país e dar Esperança aos portugueses, num difícil contexto de inflação, taxas de juros elevadas para créditos à habitação, guerras na Ucrânia e na faixa de Gaza…
III – Estará vulnerável à coligação negativa resultante da instabilidade e vontade de poder dos partidos CH e PS, como fizeram nos Açores em 2023! E certamente dos demais partidos de esquerda… excepto com as medidas para a valorização de salários, reforço dos cuidados de saúde.
Para 2025, o Governo ter-se-á afirmado pela sua actuação, com aceitação reforçada junto dos portugueses, ou será derrubado pelo chumbo do orçamento, ocasionando nova ronda de auscultação aos partidos por parte do Presidente da República, … que queria estabilidade e terá de a promover (outros presidentes tiveram as Presidências Abertas; Roteiros; etc).
Derrubar o Governo terá um ónus para os seus responsáveis.
“Não é não!” (isto é, CH fora do governo).
Em suma, acredito que Luís Montenegro terá a oportunidade de fazer ACREDITAR PORTUGAL!
Saudações sociais-democratas.
José António Correia Militante – Lisboa