Comunicados PSD
Lisboa
Na passada noite de 7 de dezembro, a cidade de Lisboa viveu um fenómeno de precipitação extrema, resultando em fortes inundações em várias freguesias, provocando incalculáveis danos materiais a dezenas de lisboetas.
De acordo com o arquiteto paisagista Henrique Pereira dos Santos, num período de 3 horas choveu o equivalente a 10% da precipitação anual na cidade.
Entre o fim do dia 7 e a madrugada de 8, foram registados 87 milímetro cúbicos de água, algo apenas comparável com as cheias de 2014.
É facto de que ninguém estava à espera de que tal calamidade viesse a acontecer num período tão reduzido. O caos instalou-se na cidade de Lisboa, forçando ao encerramento de estradas, colocando várias habitações em risco, causando destruição de vários comércios locais e veículos.
A chuva e as correntes de água que se formaram não deram tréguas.
Foram registados mais de 180 pedidos de ajuda na cidade de Lisboa. Muitos foram os lisboetas que se viram encurralados pela água que se foi acumulando.
Valha-nos os Presidente de Junta e os serviços de segurança da cidade de Lisboa, nomeadamente, Bombeiros Voluntários, Sapadores de Bombeiros, Polícia de Segurança Pública, Proteção Civil, INEM, Serviços de Higiene Urbana, e todos os que nesta circunstância ajudaram ao regresso à normalidade, agindo sempre em defesa da segurança de todos os lisboetas e da cidade.
Estas equipas, lideradas pelo executivo da Câmara Municipal de Lisboa, durante toda a noite e dia andaram rua a rua, fazendo balanço dos estragos e começando a construir aquilo que poderão vir a ser as soluções para as dezenas de lisboetas que perderam quase tudo na noite de 7 de dezembro.
Dada a circunstância, urge falar do Plano Geral de Drenagem de Lisboa: a obra invisível que prepara a cidade de Lisboa para o futuro.
Esta obra prepara a cidade para os eventos extremos provocados pelas alterações climáticas. Reduz significativamente as inundações e cheias e os consequentes custos sociais e económicos. Cria a infraestrutura que permite a reutilização de águas para lavagem de ruas, regas de espaços verdes e reforço de redes de incêndio. Fecha o ciclo urbano da água – permitindo diminuir a “fatura” da água potável.
O Plano Geral de Drenagem de Lisboa é um documento estratégico municipal de Lisboa para a área do saneamento, traduzindo-se num conjunto de ações que visam proteger Lisboa das cheias e inundações associadas a fenómenos extremos de precipitação, preparando-a para os desafios do futuro. A sua última versão refere-se ao período de execução 2016-2030:
– Melhoria do conhecimento da rede de saneamento existente;
– Reforço e reabilitação da rede de saneamento existente;
– Construção de bacias de retenção;
– Construção de dois grandes túneis de drenagem para transvase de bacias.
As inundações são frequentes na nossa cidade, em particular em zonas críticas como a Rua de Sta. Marta/S. José, a Baixa e Alcântara. Estes fenómenos têm tendência a agravar-se devido à crescente ocupação do território e ao efeito das alterações climáticas.
Face a esta realidade é de extrema importância implementar soluções que eliminem/reduzam os impactes sociais, económicos e ambientais associados às cheias e inundações.
Ainda que, no passado muito presente se defendesse que “as cheias da cidade de Lisboa não têm solução”, hoje confirmamos que tal afirmação tem de sofrer as suas consequências. A solução está a ser construída com o Plano Geral de Drenagem de Lisboa, e as cheias vividas na passada semana, veio fincar a sua importância para a cidade.
Lisboa, vai estar preparada para estas situações extremas de precipitação.
Neste sentido, vem o PSD Lisboa saudar os Presidentes de Junta, Forças de segurança, a Proteção Civil, os Bombeiros Voluntários, os Sapadores de Bombeiros, Polícia de Segurança Pública, INEM, serviço de higiene urbana da cidade, e todos aqueles que se prontificaram a ajudar neste momento delicado para a cidade de Lisboa.